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Sri Swami Satchidananda (1914-2002) é o nome espiritual do indiano C. K. Ramaswami Gouder. Foi discípulo de Swami Shivananda Saraswati (C. K. Ramaswami Gouder 1905-1963).
Sri é uma palavra de respeito e admiração. Sri, em índi, tem raiz no sânscrito Shri, que traduzido para o português seria o equivalente a Sr. (senhor). Mas no contexto espiritual é melhor traduzido como “honorável”. Significa que a pessoa porta um brilho, uma beleza, uma radiância.
Swami é um título em sânscrito, empregado para pessoas que escolheram o caminho da renúncia, da vida monástica.
Satchidananda é uma combinação de 3 palavrinhas bem especiais no hinduísmo. Sat + Chid + Ananda. Sat significa verdade, existência. Chid, conhecimento ou consciência. Ananda, felicidade, êxtase. Satchidananda significa então o estado último que se atinge no caminho espiritual.
Sri Swami Satchidananda se mudou para Nova Iorque em 1966. Nessa época, Yoga e meditação já tinham chegado nos EUA. A Yoga em 1893 com Vivekananda e em 1920 com Yogananda. A Meditação Transcedental só chegou em 1959. Mesmo assim, apesar desses precursores, tanto Yoga como meditação eram assuntos restritos a um pequeno público nos EUA.
Satchidananda ganhou muita evidência em 1973 pela sua participação no Festival de Woodstock. Também ganhou notoriedade por ter sido um dos primeiros a falar sobre alimentação vegana nos EUA. Sua escola, a Integral Yoga teve muito sucesso e se espalhou pelo mundo.
Aqui no Brasil, influenciou o Núcleo Cultural Sivananda que já existia em Belo Horizonte. Mas somente em 1991, depois do encontro entre sua fundadora Sonia Sumar com Swami Satchidananda na Argentina, que o núcleo aderiu à escola Integral Yoga e passou a se chamar Jai Vida. (www.jaivida.com)
O livro “Meditação” é de 1974, logo depois de Woodstock, quando o interesse por meditação era grande. Como não haviam muitos livros sobre meditação publicados na época, era necessário um que fosse introdutório. Não existiam os equipamentos tecnológicos da neurociência e as pessoas não queriam fazer meditação para ter melhor performance no trabalho. Pelo contrário, o movimento contracultural de Woodstock queria acabar com o individualismo egóico do homem máquina. Woodstock queria derrubar o sistema e não estava preocupado com performance. Woodstock queria liberdade, transcendência, paz e amor. Meditação se apresentava como uma nova ferramenta adequada a esse propósito.
Originalmente em inglês, o livro foi traduzido para o português pelo ainda Núcleo Cultural Sivananda.
O livro é pequeno. Apenas 39 páginas.
O objetivo e a forma de meditação ensinada pelo mestre é a mais clássica possível. Isto é, se inicia na concentração em algum foco interno ou externo. E em algum momento esse foco passará a ser coisa alguma, nada. Daí ganha-se consciência do todo e de si e estamos em meditação. É um processo que leva anos, que leva o praticante ao Samadhi onde ele transcenderá o corpo e a própria mente desfrutando da verdade interior. Essa é a promessa.
Sua técnica conta com mantras, pranayama, concentração sobre a respiração que é lenta e profunda, concentração sobre a movimentação do ar, sobre os sons gerados pela própria respiração. Ainda como apoio o praticante utilizará formas visuais de uma gravura yantra. Satchidananda não dará detalhes mas quem quer se aprofundar especificamente no Sriyantra, sugiro leitura do quarto capítulo do livro “Asian traditions of meditation” que já comentamos no Medite Comigo (clique aqui para ver).
Opcionalmente, o praticante poderá buscar o aprofundamento pelo que o mestre chama de auto-análise. São perguntas simples que tentam exaurir a mente. Deixá-la sem resposta frente a pergunta “Quem sou eu?”. Dessa forma o mestre quer suspender qualquer forma de auto-identificação do praticante.
A essência da meditação está toda aqui nesse “livrinho”.
O livro é simples, honesto, sem floreios.
Não é religioso, é técnico. Não tem proselitismo nem adoração ao guru.
A QUEM SERVE ESTE LIVRO?
Ao interessado, mediano, em busca da melhor técnica de meditação não posso recomendar este livro.
Serve ao iniciante. É uma perfeita introdução à meditação.
Também serve ao expert pois o livro nos conecta a um holopense da paz, da simplicidade. É inspirador. Não posso garantir que todas edições ou todos os livros de Swami Satchidananda sejam assim.
Comprei outro título do mesmo autor e assim que terminar de lê-lo confirmarei ao colega visitante aqui do Medite Comigo se a conexão com o holopense da paz se repete. Aguarde.
links externos sugeridos pelo autor DESSE POST:
https://integralyoga.org
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