Este livrinho que fala de tecnologia foi escrito em 1922, 100 anos atrás.
Antes de entrarmos em seu conteúdo quero desenhar o cenário tecnológico da época:
1854 – Invenção da lâmpada de luz incadescente
1859 – O motor a gás
1861 – O primeiro telefone
1875 – A geladeira
1881 – Fornecimento de energia com alta freqüência de corrente alternada
1895 – Descoberta de Raios-X
1903 – Primeiro vôo motorizado
1913 – A linha de montagem Ford
Dessa lista você já pode ver que esse não é um livro que vai falar o tempo recomendado que seu filho pode ficar diante de telas. As telas nem existiam nessa época. O enfoque aqui é outro. O autor Rudolf Steiner queria mostrar em que ponto está a alma dentro de toda evolução do homem.
Rudolf Steiner defende que o conhecimento científico libertou o homem do pensamento dogmático do misticismo. O ápice do conhecimento científico é a tecnologia. E a medida que a tecnologia passou a fazer parte do dia a dia, o homem foi adotando o pensar científico que trata exclusivamente da natureza exterior. O místico gradualmente foi deixando de lado suas representações internas.
Em outras palavras, Rudolf Steiner vê a tecnologia dentro da evolução humana pois ela obrigou o desenvolvimento o pensar, e este é necessário ao desenvolvimento espiritual.
Contudo a coisa não foi tão positiva assim. Passamos do ponto. Extrapolamos seu uso e surgem dois efeitos colaterais. O primeiro é que hoje qualquer coisa que não seja científico é considerado fantasia. Tudo que é interno é irreal. O segundo problema é que a tecnologia e esse pensar tecnológico não tem moralidade alguma.
É um livro que trata da origem da moral, da relação entre desenvolvimento do puro pensar e do espírito. O texto nos ajuda a entender onde se encaixa a Antroposofia como escola de pensamento. Ele faz um par perfeiro com “Matéria, Forma e essência“, livro do mesmo autor, já comentado aqui no Medite Comigo.
Rudolf Steiner encerra o livro puxando uma outra relação disso tudo com o mistério do Gólgota (a ressurreição do Cristo).
Livro de dimensões pequenas, de leitura rápida. Não é um livro introdutório e não vai te apresentar os conceitos básicos da Antroposofia.
Particularmente acho muito interessante tudo o que está nesse livro mas não posso recomendá-lo a todos. Agradará mais aos interessados pela Antroposofia.
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Uma visão elucidativa da antroposofia sobre a semana santa.
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