O PORTAL CÓSMICO DE ÓRION

Ricardo González Corpancho é um ufólogo, pesquisador e autor peruano que, diferentemente de outros autores do gênero, traz consigo uma experiência mais íntima com o tema desde a época de criança. Ao estudá-lo mais a fundo, descobri que ele começou a ter experiências com avistamentos de naves, sondas e bólidos desde muito novo. Corpancho se encontra numa categoria de pessoas que na ufologia são chamadas de “contatados”, ou seja, pessoas que tiveram não apenas a experiência de presenciar e visualizar fenômenos inexplicáveis no céu, mas também de alguma forma obtiveram contato direto com seres não humanos, extraterrestres ou similares. Essa é a história que envolve o prólogo do livro, e que pretende calçar o leitor com a informação necessária para a leitura do resto do material. Inclusive, o autor deixa claro que não compactua com teorias mirabolantes, que ele mesmo chama de “new age”, e que é necessário ter sempre os pés no chão ao caminhar por essa temática transcendental cheia de armadilhas místicas.

Os primeiros capítulos do livro abordam uma teoria de colonização inicial do planeta Terra e como se deu a introdução da nossa raça humana. O autor conta uma história muito antiga e com uma pegada digna de roteiro de ficção científica, fazendo referência à antigas civilizações de outros sistemas solares que se propuseram a semear a vida por aqui. Esta história teria tido início a partir da ocorrência de uma diáspora social planetária originada em Órion, após conflitos catastróficos que levaram inclusive à destruição de todo um planeta naquela cercania.

Neste ponto do livro, é inevitável a comparação desta narrativa com a teoria espírita da transmigração planetária que teria havido no sistema de Capela, originando a nossa atual civilização humana terrestre vinda até aqui após uma crise sem precedentes naquela estrela de origem. Eu, como leitor cético e analítico, procuro sempre as similaridades em diferentes narrativas que, mesmo com nuances diferentes, às vezes possuem a mesma ideia central.

O autor segue então sua história e aproveita para trazer à tona algumas possíveis explicações para o nosso atual complexo momento civilizatório. O fato de nós seres humanos sermos pessoas extremamente egoístas, vivendo em uma sociedade doente da mente e do coração, além de nossa impressionante capacidade de cultivar o belicismo; a explicação para este nosso comportamento estaria no fato de que temos uma descendência psíquico genética destes seres, que outrora já “aprontaram” no seu sistema de origem. Além disso, muitos destes seres ainda continuariam ao nosso redor, no plano físico e também no extrafísico, puxando aqui e ali os pauzinhos do rumo de nossa sociedade.

Essa narrativa, por sua vez, dialoga bastante com as teorias de extraterrestres do mal, arcontes, reptilianos, sociedades secretas Iluminati, também dignas de roteiro de filme, mas não menos factíveis, partindo do princípio de que realmente não sabemos como estes mecanismos de controle funcionam e se existem de verdade.

Por fim, Corpancho relata a sua experiência em uma das viagens de pesquisa de campo que realizou nas pirâmides de Gizé, no Egito. O autor relata como aconteceu o processo de sincronicidades que o levou a realizar esta viagem. Em seguida, ele conta o que ocorreu na visita dentro da grande pirâmide e a experiência transcendental, em suas palavras, que teve em estado meditativo dentro da câmara do rei.

Corpancho relata que foi durante esta experiência que lhe foram passadas estas informações sobre todo este conhecimento antigo, e que posteriormente resolveu divulgar seu relato pessoal através deste compêndio.

Podemos classificar o autor como apenas mais um “contatado” munido de histórias inacreditáveis? Ou é preciso dar crédito à narrativa? O quanto de seu filtro pessoal e de seu cabedal de conhecimento influenciou na sua teoria e no seu relato? Analisando estas informações de maneira analítica, é importante lembrar que quando há na literatura e nos depoimentos diversas informações parecidas, vindas de pessoas diferentes e através de experiências diferentes, me parece haver sempre uma coesão nesses fios narrativos. Alguns deles se sobrepõem por similaridade, e é aí onde o pesquisador deve prestar atenção e trazer para si aquele conteúdo. Procurar as similaridades, por mais espetaculares que possam parecer, me parece a melhor maneira de começar a estabelecer uma narrativa comum.

A QUEM SE DESTINA:
O livro é muito confortável de se ler. Não são necessários conhecimentos profundos de ufologia e espiritualidade. Além disso, a edição da Tesseractum faz um excelente trabalho na formatação do livro com tipografia muito agradável e de fácil leitura. Um conhecimento prévio do leitor nos temas de transmigrações planetárias talvez traga um melhor proveito sobre a temática. Uma boa leitura auxiliar seriam os livros “Os Exilados da Capela” e “A Redenção de um Exilado”, ambos já resenhados aqui neste portal.
PEDRO NUNES NETO

pedro@meditecomigo.org

Pedro tem background em tecnologia da informação e é bacharel em fotografia. É astrônomo amador, amante da natureza e aprendiz eterno da espiritualidade. Universalista convicto, é leitor de temas como física quântica, doutrinas orientais, Conscienciologia, ocultismo, cosmogonia, ufologia e meditação.
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