Aúdio do próprio autor Mateus Soares de Azevedo comentando seu livro
(7 minutos)
Entrevista sobre islamismo com Caesar Sobreira, professor de Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco.
(55 minutos)
Com trajetória acadêmica pela USP e EUA, Mateus Soares de Azevedo é especialista máximo sobre o sufismo. Seus vários livros já foram publicados nos EUA, Europa e América-latina.
Dizem que Mateus Soares de Azevedo é “o autor não-muçulmano que mais participou de sessões Sufis em todo o mundo”. Isso é importante pois sua apresentação do sufismo é feita com uma visão externa. Não é alguém querendo te convencer de suas crenças. Muitas vezes o autor entra um pouco pela religião comparada e confronta características do sufismo com as das confrarias monásticas cristãs.
Esse encontro de idéias entre sufismo e cristianismo não é novidade e aconteceu na história em vários momentos. No capítulo 12, o autor nos conta um desses encontros, não apenas de ideias, mas de seus representantes quando em 1219 São Francisco de Assis conhece o esoterismo islâmico. São Francisco aprenderá e importará costumes islâmicos para sua ordem e estão por aí até hoje. Não vou revelar aqui nesse post quais são esses costumes para não diminuir esse momento tão inusitado do livro.
Outro ponto histórico interessante é ver o descobrimento do Brasil relacionado com a história do sufismo. Também não darei “spoiler“.
Chegando em nosso momento presente, o autor entrará em alguns temas contemporâneos tais como o fanatismo, relação política, tolerância religiosa.
Mas o livro não é isso. Esses são trechos que me chamaram a atenção. Praticamente metade do livro é uma introdução histórica do islamismo. Depois teremos 6 capítulos sendo cada um dedicado a uma ordem sufi específica. O livro finaliza com um capítulo muito interessante sobre René Guenon, Frithjof Schuon e Al-Ghazali. Figuras relevantes que se você nunca ouviu falar comece a ficar atento.
É um livro técnico sobre a religião. A linguagem é acessível. Suas 167 páginas foram impressas com letras grandes, imagens e linhas espaçadas. Os capítulos são pequenos e de poucas páginas. Tudo isso deixa o livro agradável e de fácil leitura. Nenhum tema é tratado à exaustão. É o que quer dizer a palavra “iniciação” do sub-título. Você não sairá iniciado ao ler o livro. “Iniciação” no sub-título quer dizer uma introdução ao assunto.
Além desses temas acima, o livro responderá algumas perguntas como:
Esse livro ajudará o interessado a entender porque o Islã é a religião que mais cresce no planeta. Posso sintetizar usando a explicação de René Guénon, o islamismo se adequa mais ao perfil intelectual dos ocidentais. “O islamismo não é uma via puramente devocional, emotiva. Ela é sabedoria baseada no entendimento profundo das coisas, na meditação e relação pessoal com Deus. Não é uma via monástica. O islamismo se encaixa nos afazeres familiares e profissionais.“
Esse é o primeiro livro no Brasil sobre as confrarias sufis. Um livro único. É uma excelente introdução ao sufismo. Recomendo.
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