JESUS, O FILHO DO HOMEM

Khalil Gibran foi um escritor e filósofo libanês, radicado nos Estados Unidos, que escreveu diversas obras relacionadas à espiritualidade e religião. Khalil se mudou com sua mãe e irmãos ainda muito jovem para os Estados Unidos, e seus primeiros escritos foram em árabe. Após alguns anos, começou a publicar livros em inglês, enquanto que em Beirute os sacerdotes locais começaram a condena-lo por seus textos espiritualistas muito “avançados” para a época.

Jesus, o Filho do Homem é uma coleção de supostos depoimentos de pessoas que conviveram ou foram contemporâneos de Jesus. O livro é muito bonito e mostra uma figura mais humana de Jesus, pois leva em conta o aspecto crítico que as pessoas teciam sobre ele. Alguns depoimentos são admiradores, carinhosos e apaixonados, outros são críticos e zombeteiros. O livro, todavia, oferece muito mais depoimentos positivos do que negativos.

O interessante em minha leitura do livro foi o fato de que, inicialmente, se pensa que o autor teve acesso a manuscritos da época e fez um trabalho de pesquisa para inventariar este material, selecionar e publicar. Mas à medida que o leitor vai se aprofundando no texto, é possível notar a erudição e o cuidado com os quais os textos são escritos. Isso não seria possível nem de longe para pessoas simples do campo na época de Jesus. O povo galileu era formado em sua maioria por analfabetos. Poucos tinham acesso à educação com os sacerdotes judaicos. Uma ínfima parte da população sabia ler, escrever e fazer operações matemáticas. Aliás, isso era uma realidade também em outras regiões do planeta.

Desta forma, apesar de eu ter pesquisado mais sobre o livro, não achei nenhum lugar que dissesse com certeza tratar-se de material de pesquisa. Portanto, minha conclusão é de que o próprio Khalil é o autor destes textos maravilhosos.

Isso não diminui a grandeza da obra, pois tanto a figura de Jesus como os ensinamentos contidos ali são extremamente cativantes e engrandecem o repertório espiritualista. A descrição naturalista da Galileia em alguns depoimentos, com suas montanhas, pores do sol, animais… tudo é muito belo e fazem por vezes os olhos marejarem. Vindo de um autor libanês, sabemos que a pintura é autêntica. O Jesus de Khalil, por sua vez, apesar de ficcional, é mais humano e mais próximos de nós, pois se mostra como uma pessoa livre do tempero religioso encontrado na bíblia cristã.

PEDRO NUNES NETO

pedro@meditecomigo.org

Pedro tem background em tecnologia da informação e é bacharel em fotografia. É astrônomo amador, amante da natureza e aprendiz eterno da espiritualidade. Universalista convicto, é leitor de temas como física quântica, doutrinas orientais, Conscienciologia, ocultismo, cosmogonia, ufologia e meditação.
Clique aqui para ver todos os posts de Pedro.

Seja avisado de novos resumos. Em média 1 ou 2 livros por semana. Sem propaganda, nem bate-papo. Saia a qualquer hora.

CLIQUE AQUI e seja adicionado à nossa lista de Whatsapp.

Seja avisado de novos resumos. Em média 1 ou 2 livros por semana. Sem propaganda, nem bate-papo. Saia a qualquer hora..

CLIQUE AQUI e seja adicionado à nossa lista de Whatsapp.

Veja posts por autor:

Jesus, o Filho do Homem