Você já sonhou que está voando? Pois bem, pode ter sido somente um sonho e não projeção astral como tanto se fala pela internet. Algumas vezes acordamos e ficamos em dúvida se era um sonho ou se tinha algo de real naquilo.

Um amigo que vinha do exterior me trouxe esse livro cujo título se traduz em “Como distinguir entre sonhos e projeção astral”. Pelo título eu criei expectativas de encontrar técnicas. Minha expectativa foi frustrada. Não encontrei nada disso e fiquei um pouco chateado mas não demorou para entender a mensagem tão importante que muitas vezes passa desapercebida por praticantes que desejam sair do corpo.

A IDÉIA PRINCIPAL
Nesse livro, o autor não nos ensinará técnicas e muito menos se enveredará por caminhos de interpretação simbólica como vemos nos estudos sobre sonhos de Freud, Jung e outros.

A mensagem principal que passa o autor é: Você saberá distinguir um sonho de uma projeção se você se autoconhecer. Se você não tem lucidez em vigília, não terá quando dormir. Se você não tem autocontrole quando acordado também não terá quando projetado e apenas conteúdo inconsciente prevalecerá. Se você não promove autolimpeza durante o dia, como espera encontrar luz ao dormir?

DETALHISMO
Alguns trechos me chamaram atenção e como de costume coloco aqui no meu resumo:

• Nosso inconsciente atua quando estamos acordados e quando estamos dormindo. O inconsciente não descansa e não escolhe hora para atuar e vai influenciar nossos sonhos e projeções. Sendo assim, você que está tentando sair do corpo, desconsidere suas experiências semi lúcidas. Se há dúvidas entre sonho ou projeção deixe para lá, não dê importância. Os riscos de interpretações erradas não compensam. O praticante deverá considerar apenas as experiências lúcidas, vívidas. Somente aquelas em que temos consciência que estamos projetados e nosso corpo está lá na cama descansando.
• O autor recomenda adotarmos ideais nobres que orientem tudo que fazemos em nosso dia a dia discernindo o certo do errado. Dessa forma criamos um padrão mental que levaremos ao sono e definirá o que lá acontece.
• Quando estamos projetados não há diferença entre pensar e agir. É imediato. Sendo assim, Yram nos fala da importância de eliminarmos todas as contradições no nosso dia a dia. Temos que atuar no mundo de acordo com o que está em nossas mentes. Ele chama isso de harmonia. Harmonia entre o pensar e o atuar. É assim que funciona lá no astral. Pensou, aconteceu. Não dá para fingir, esconder.
• Quanto às capacidades psíquicas ou sensitivas ele dará destaque à uma delas: a percepção do padrão vibracional nos ambientes. Se ao longo do dia o projetor aceita lugares de energia ruim, quando projetado irá para lugares semelhantes.
• Essa capacidade de percepção de energias dos ambientes é fundamental. Se você não consegue perceber as energias dos ambientes muito menos conseguirá perceber as energias ainda mais sutis que são a essência do mundo que vivemos.

Em síntese, não dá para ser uma pessoa durante o dia e querer ser outra pessoa quando estiver projetado. O caminho evolutivo é proporcional às suas realizações no dia a dia.

SOBRE O AUTOR E RECOMENDAÇÃO
Yram, ou Marcel Louis Forhan, francês (1884-1927) é autor de 9 livros, todos no tema da projeção astral. Foi engenheiro e teve passagem pela China entre 1914 e 1927 onde morreu com apenas 43 anos de idade.

A forma de escrever de Yram é simples. O livro não tem prefácio ou qualquer introdução pois é um capítulo selecionado do livro “Practical Astral Projection” do mesmo autor, pela editora Red Wheel.

Mesmo que você tenha um amigo vindo do exterior, não compensa o investimento pois em termos de conteúdo é bem o que está aí acima neste resumo. Por outro lado, ao comprar este livro você poderá se conectar a um holopensene sadio, à uma atmosfera leve e às vezes é isso o que mais importa.