Este é mais um daqueles trabalhos fantásticos empacotados em um singelo volume. Tateando o pequeno livro de 117 páginas, não se tem ideia da qualidade do conteúdo ali residente. A escritora teosófica e sensitiva Annie Besant, uma extraordinária mulher que viveu em Londres em meados do século 19, teve a brilhante ideia de passar para o papel as imagens de formas energéticas sutis que observava em seu dia-a-dia. Ela percebeu ao longo da vida que estas formas não eram vistas por qualquer pessoa, ou melhor, muito poucas pessoas tinham esta capacidade. Convidou o amigo e igualmente sensitivo pastor Charles Leadbeater, também famoso por suas obras teosóficas, e ambos solicitaram ajuda de amigos artistas para a pintura das gravuras. A ideia principal era dar “forma” no papel às imagens que ambos observavam em suas visões extrafísicas.
Mas o que seriam e de onde vêm estas formas ou visões? Segundo os autores, e isso já é pacificado em várias linhas da espiritualidade, todo ser inteligente, capaz de pensamento e raciocínio, gera em seu campo áurico formas energéticas de acordo com os pensamentos e sentimentos que estão experimentando naquele momento. A essas imagens, deram o nome de formas-pensamento.
Ao longo dos capítulos, os autores vão disponibilizando as gravuras com as imagens das formas e explicando uma por uma qual foi a situação peculiar que gerou aquela forma, e também a que tipo de sentimento ou pensamento ela se associa. Desta maneira, é possível identificar as imagens geradas por pessoas que estão passando por momentos de tristeza, felicidade, angústia, devoção, amor, e por aí segue.
O argumento científico para este acontecimento, segundo os autores, é o fato de que as emoções e pensamentos dos seres geram uma frequência vibracional no campo energético, campo este que apenas os sensitivos têm acesso visual. Estas formas-pensamento estão, portanto, em toda a parte, à cada instante de nossas vidas, e por serem uma frequência vibracional energética, são capazes também de influenciar o campo áurico de outras pessoas ou seres. As formas-pensamento têm um papel determinante ao influenciar as nossas vidas. As imagens mostradas no livro vão de paletas e formatos escuros que representam medo ou dor, até lindas formações lilás e rosa representando amor sublime.
Ao final, eles também fazem um estudo relacionado ao efeito da música e ondas sonoras como formas-pensamento, ou seja, a capacidade de o som também gerar formas energéticas no plano invisível da matéria.
O livro é surpreendente do começo ao fim. Até mesmo para leitores que já tiveram previamente a oportunidade de apreciar o tema.
FACILIDADE DE LEITURA:
Fácil. No entanto, o tema é tão fantástico e inacreditável que o leitor precisa dar um voto de confiança aos autores. Leitores que já estudam espiritualidade também se surpreenderão, ao mesmo tempo pela simplicidade e importância do tema.